quinta-feira, 16 de junho de 2011

IBGE planeja mapear recursos naturais do País até 2014

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) iniciou o processo de montar um grande banco de dados de Contas Econômicas Ambientais, que englobarão desde dados sobre estoques no meio ambiente, como também o aproveitamento destes estoques pelos fluxos produtivos do País. A informação partiu do presidente do instituto, Eduardo Pereira Nunes.

Ele explicou que o lançamento hoje da pesquisa "Geoestatísticas de Recursos Naturais da Amazônia Legal", cujo ano de referência é 2002, faz parte de um projeto maior do IBGE, de montar as Contas Econômicas Ambientais. Ele lembrou que o instituto apura a captação de recursos no meio ambiente para o processo produtivo por meio das Contas Nacionais. Mas a apuração de dados dos estoques existentes no meio ambiente que são utilizados no processo produtivo ainda não foi completada.

Portanto, a intenção do IBGE seria divulgar publicações sobre a quantidade de estoques existentes, em termos de recursos naturais. "Queremos começar com a Amazônia Legal, e depois completar esta apuração do território brasileiro até 2014. É um trabalho de longo prazo", salientou Nunes. Com o término da apuração dos recursos naturais existentes no solo brasileiro, o passo seguinte seria mesclar estas informações com as de recursos utilizados no fluxo produtivo, produzindo assim uma base de dados de Contas Econômicas Ambientais do País.

A próxima publicação será sobre recursos hídricos da Região Nordeste, que deve ser divulgado ainda este ano, de acordo com o diretor de Geociências do IBGE, Luiz Paulo Souto Fortes. "Queremos começar pela Amazônia, ir para o Nordeste, descer ao Sudeste e finalizar com a região Sul, até 2014", detalhou o especialista.

Ainda segundo Fortes, até o final do ano, os dados da publicação lançada pelo IBGE hoje estarão mesclados às informações da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE), serviço de dados ligado à Comissão Nacional de Cartografia, órgão colegiado do Ministério do Planejamento.



CPT lançará o relatório Conflitos no Campo no Brasil 2010

No dia 25 de Maio a Comissão Pastoral da Terra (CPT-Amapá) lançará a publicação anual, Conflitos no Campo Brasil 2010. É a 26ª edição do relatório que concentra dados sobre os conflitos, violências sofridas pelos trabalhadores e trabalhadoras rurais e suas comunidades e pelos povos tradicionais, em todo o país. O relatório elenca também algumas ações dos homens e mulheres do campo na busca e defesa de seus direitos. O lançamento se realizará no Centro Diocesano de Pastoral e Cultura. Daremos destaque aos dados relativos ao Amapá e ao município de Afuá. Estarão presentes ao lançamento o Bispo da Diocese de Macapá, Dom Pedro José Conti e a coordenação colegiada da CPT-Amapá.

Na mesma data, a CPT entregará o relatório aos órgãos públicos responsáveis e ao Governador do Amapá Camilo Capiberibe.

Conflitos no Campo Brasil 2010

O relatório registra 34 trabalhadores rurais assassinados em conflitos no campo no ano de 2010. Um número 30% maior que no ano anterior, quando foram assassinados 26 trabalhadores. O aumento da violência no campo assusta e vitima, também, comunidades tradicionais. O relatório mostra, também, o aumento dos conflitos pela água, os dados de trabalho escravo e sua expansão em estados considerados “desenvolvidos”, além de ações de resistência dos movimentos e organizações sociais e das ações dos poderes público e privado contra a luta do povo pobre do campo, que busca se firmar e trabalhar em sua terra.


fonte:http://www.correaneto.com.br/site/?p=8575

Entidades científicas pedem suspensão de Belo Monte

Em carta à presidente Dilma, associações falam da preocupação com a falta do adequado cumprimento dos dispositivos legais relativos aos direitos humanos e ambientais.

CUIABÁ - Vinte associações científicas, entre elas a Associação Brasileira de Antropologia (ABA) e Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), pedem à presidente Dilma Rousseff a suspensão do licenciamento da usina hidrelétrica de Belo Monte, a ser construída no Rio Xingu, no Pará. No pedido feito em carta nesta sexta-feira, as entidades falam da preocupação com a falta do adequado cumprimento dos dispositivos legais relativos aos direitos humanos e ambientais. A suspensão deveria valer até que sejam cumpridos todos os dispositivos legais, julgadas as ações públicas e regulamentados os procedimentos de consulta dos povos indígenas e populações ribeirinhas.

Segundo as associações, "os encaminhamentos e decisões relativas a usina estão descumprindo uma disposição legal, a Convenção 169" (sobre os povos indígenas), amplamente acatada no plano internacional e já incorporada pela legislação brasileira. Afirmam ainda que "o cronograma das obras não pode se sobrepor às obrigações do Estado".

No documento, as associações informam que a carta surge após diversos alertas feitos, especialmente pela ABA, sobre os conflitos com populações tradicionais e em virtude de informações atribuídas ao Ministério de Minas e Energia de que a licença para instalação definitiva seria concedida até o mês de junho. As entidades classificaram a concessão da licença prévia e da licença de instalação, como "uma atitude intempestiva".

A Associação Brasileira de Antropologia recomenda a prévia "regulamentação pelo Estado brasileiro dos procedimentos de consulta junto aos povos indígenas e demais populações afetadas, em conformidade com o estabelecido na Convenção 169 da OIT".

20 de maio de 2011 | 19h 05

fonte:http://economia.estadao.com.br/noticias/economia+geral,entidades-cientificas-pedem-suspensao-de-belo-monte,68032,0.htm

Procuradoria diz que 58 pessoas no MA estão ameaçadas

Uma lista com o nome de 58 pessoas que defendem a regularização de terras quilombolas no Maranhão e estão ameaçadas de morte foi encaminhada pelo Ministério Público Federal ao governo do Estado e à União.


Segundo o procurador Alexandre Soares, as pessoas listadas são líderes quilombolas e defensores dos direitos humanos no Estado, como advogados e integrantes da CPT (Comissão Pastoral da Terra), braço da Igreja Católica no campo. A lista foi enviada na terça-feira (14).


Entre os ameaçados está Almirandi Costa, do povoado do Charco, no município de São Vicente de Ferrer (MA), que teve a casa atingida por tiros no final de maio. A área quilombola está localizada sobre uma fazenda e é disputada com a família do proprietário.


A lista dos ameaçados foi elaborada a partir de relatos dos próprios remanescentes de quilombos e dos grupos de direitos humanos no Estado, segundo o procurador.


Há duas semanas os quilombolas maranhenses iniciaram uma série de protestos contra a violência no campo, que culminou com uma greve de fome. Eles pediam a presença de representantes da Secretaria de Direitos Humanos no Estado. A mobilização foi encerrada um dia depois, após a ministra Maria do Rosário prometer conversar com o grupo.


A Secretaria de Direitos Humanos disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que recebeu a lista e já iniciou um trabalho de triagem dos casos dos ameaçados para definir quais medidas de proteção irá adotar. A proteção policial é uma opção apenas em casos de grave risco ou vulnerabilidade e a retirada temporária do local ocorre em casos excepcionais e emergenciais.


Entre as medidas de proteção está também o acompanhamento das investigações e denúncias, visita ao ameaçado e articulação com órgãos envolvidos na solução dos conflitos.


O Ministério Publico Federal no Maranhão defende que seja criado no Estado um programa de proteção das pessoas ameaçadas de morte, articulado com o programa nacional de proteção.


Em nota, o governo do Maranhão disse que a Secretaria de Segurança Pública do Estado se comprometeu a ampliar a segurança das comunidades que estão em conflito com proprietários de terra.


TITULAÇÃO


Os quilombolas do Maranhão pedem ainda a agilização dos processos de regularização fundiária das áreas reivindicadas.


O Maranhão tem o maior número de processos de regularização das áreas quilombolas abertos no país. São 252 pedidos no Estado. O processo de titulação das terras inicia a partir de um relatório antropológico da comunidades.


O Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), por meio de sua assessoria de imprensa, disse que reconhece a falta de antropólogos para dar andamento aos processos, mas que há um concurso em andamento para contratar 46 profissionais, sendo quatro para o Maranhão.


fonte: http://www.jornalfloripa.com.br/brasil/index1.php?pg=verjornalfloripa&id=8711